Não fica difícil enxergar que a "matemática" por trás de tal ideia não consegue nem ao menos esboçar um sentido real do que seria uma substituição de nossa realidade por uma rede "virtual" ou social como todos conhecemos. Isso já vem acontecendo a algum tempo. Se pararmos para pensar, as pessoas já namoram pela internet, compram pela internet, marcam consulta pela internet, conversam com seus familiares (muitas vezes até os que moram em casa) pela internet, estudam pela internet entre outros. Existem até aqueles que se satisfazem com sexo pela internet. A ideia esta longe de ser uma utopia, porém o resultado não assustaria Freud e muito menos Nietzsche. Está havendo uma segregação de classes realizada minuciosamente por nossas redes sociais. E quanto menos acesso mais à par da sociedade nós vamos nos tornando, e ainda que tenha acesso a redes sociais e à internet, você precisa ter acesso à tudo que faz parte desse momento. Se você tem Facebook e não tem Whatsapp você já não é igual aos outros. Se você tem Whatsapp e não tem Facebook, você também não é igual a "grande maioria" que tem os dois. Esse "separatismo" cada vez mais eminente em nossas vidas vem causando uma revolução não apenas na forma de interagirmos uns com os outros (se é que ainda fazemos isso!), mas também na forma de nos vermos. É difícil nos enxergarmos como somos, pois agora somos mais de uma: existe aquela pessoinha cheia de "amigos" do Facebook, e existe aquela pessoinha familiar, que talvez não tenha nem meio amigo na vida real.
A internet prejudica. Se a internet não é usada com moderação ela se torna um vício. Existem crianças que não conseguem mais dormir devido ao celular. Se seus pais as tiram de frente do celular, elas ficam extremamente nervosas, exibindo um claro comportamento de vício. Internet já se transformou em um vício. Nossas crianças estão passando boa parte de suas infâncias na frente do celular. E isso é extremamente prejudicial.
A saída para esse problema é algo bem conhecido para o qual o ser humano não dá a mínima: tempo. Temos pouco tempo para tudo! Temos pouco tempo para escutarmos nossos pais, temos pouco tempo para conversarmos e sairmos com os amigos, temos pouco tempo até para dar atenção aos nossos filhos, porém gastamos horas e horas na frente de uma máquina, interagindo com "sei lá quem".
A verdade é que precisamos contar o tempo que passamos fazendo isso, para termos noção da dimensão do problema. Algumas empresas como a NETFLIX, Google, Facebook, já fazem isso. Permitem que fiquemos sabendo quanto tempo estamos utilizando a App deles. Se existe a ferramenta é porque o problema é mais sério do que imaginamos. Comece a contar seu tempo! Porém não apenas verificar as horas que estão sendo gastas com redes sociais solucionará o problema. É necessário mudarmos esse quadro. Contarmos de 2 a 3 horas no máximo para realizarmos esse tipo de atividade e investir nosso tempo em coisas mais positiva e em quem realmente importa.
Enquanto as pessoas não enxergarem que há de fato uma segregação social, o futuro acena obscuro para as próximas gerações. A realidade e não nos interagirmos mais diretamente não está longe, iniciar uma reação agora.
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