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[TEMPO] Sigourney Weaver, e a presença feminina nas telas!



Hoje em dia, as mulheres cada vez ganham mais papéis principais que acabam destacando mais que os seus parceiros homens na tela. Como foi o caso do filme "No limite do Amanhã" com Emily Blunt e Tom Cruise. A ordem dos nomes colocados por mim foi proposital, pois ao ver o filme o personagem dela se destaca tão mais que o de Tom Cruise que é quase possível vê-lo morrendo no final, porém não conseguiria imaginá-la com tal fim. Curioso isso, já que ela morre umas dezenas de vezes durante o filme. Ao ver esse filme me lembrei do ícone que foi a Tenente Ellen Ripley e sua caçada aos alienígenas mais mortais e assustadores da história do cinema. E acreditem, se nem o Predator pôde com os eles, quanto mais para uma frágil moça como era a Tenente Ripley no primeiro filme. Mas a força feminina, que na época não era tão explorada assim consegue bater o pedrador e o que vemos é uma fantástica performance da atriz Sigourney Weaver contra os aliens. Ela não é destemida, ela não tem brilhantes ideias (porque convenhamos: vamos pegar o módulo e destruiremos a nave!", além de não ser tão original, a ideia foi dada primeiramente por Lambert), mas Ripley é forte, Ripley tem medo, mas é obrigada a enfrentá-lo. E o enfrenta. Os homens do filme vão morrendo um a um e no final a última a morrer é Lambert (curiosamente mulher também!) e Ripley se torna a "last survivor of Nostromo!" O filme foi um grande sucesso no início dos anos 80, é certo que naquela época efeitos como o do filme nunca fora vistos antes (na verdade hoje em dia é difícil depararmos com efeitos tão bem feitos como foram o da época) e acreditem se quiser, não havia computadores para corrigir cada detalhe. É certo também afirmar que o script não foi difícil de escrever, já que é uma cópia quase fiel do livro (sim , eu li e é fantasticamente parecido). Então o brilho do filme inteiro sobrou para a atirz principal Sigourney Weaver. E venhamos e convenhamos, ela fez um dos melhores trabalhos na história do cinema. Então resolvi rever os filmes de Aliens e
ao assistir novamente a série, me deparei com uma jovem e bela Sigourney Weaver no papel de Ripley e com toda a sua força e sua presença de tela. Na verdade fiquei encantada com ela. E com  curiosidade de saber como ela havia sido escalada para o papel e tudo mais. Descobri que durante as filmagens Sigourney sofreu o que eu poderia chamar de (sem medo!) "bullying". Sim, galera, Siggy não só lutou nas telas como na vida real. Se você é uma daquelas pessoas que acham que as mulheres lutaram a troco de nada, aí vai a novidade, até os anos 80, hollywood não acreditava que as atrizes pudessem ser heroínas em seus filmes e o script originalmente escrito para "Alien", foi todo idealizado para homens! Dá para visualizar um "Alien" sem Ripley sendo uma mulher! Não! A troco dessa "ousadia" na época, é que hoje podemos ver atrizes fantásticas representando tão bem heroínas quanto os atores representam os heróis, e para falar a verdade, me agrada até mais vê-las como heroínas do que eles como heróis. Por alguma razão ainda existe aquele estigma do homem indestrutível, e corajoso. Já com elas, é fácil trabalhar esse lado frágil. Ripley, por exemplo, não sai enfrentando o Alien mano a mano, ela foge, ela se esconde, ela chora, ela grita, ela sua a camisa (literalmente!) para enfrentar essa criatura aterrorizante. E na sequência final isso é muito bem trabalhado. Ela está com tanto medo que poderia até desistir de expulsá-lo da nave e pensamos que talvez ficar dentro daquela cabine para sempre. Na verdade é a vontade da personagem, porém ela sabe que morreria. E depois de tudo que ela passou, ela não permitiria isso. Até mesmo surge um certo desejo de se vingar daquela criatura que matou todos os seus colegas de trabalho. Sigourney representa tão bem o medo da personagem que quando ela fica falando com si mesma, na tentativa de não encarar a criatura, aquilo torna todo o cenário ainda mais aterrorizante. E então? Seria possível criar essa cena com um ator? Não. Imagino Tom Cruise realizando a cena, e esse teria se atracado com a criatura e o matado talvez em dois segundos dos filmes, já no primeiro teríamos que arrumar mais criaturas para ele matar. E talvez seja justo isso que me agrade tanto em ver mulheres representando papéis de heroínas. Depois da "chegada" de Ripley, o cinema então pode ter outras heroínas, nenhuma com uma presença tão forte e nem tão carismática como ela, porém já era uma porta para que isso acontecesse naturalmente. Afinal de contas era a primeira vez que um filme com uma mulher protagonista se tornava um grande sucesso. Até hoje em dia é difícil ver uma performance tão carregada de emoção como a dela. E pensar que a rejeitariam no papel apenas por ser mulher, é entender que o machismo na época imperava. E como sobreviver a ele, sendo ela uma novata no showbussiness? Sigourney Weaver aos 31 anos, sobreviveu como pode. Lutou, brigou, mostrou sua força. E acima de tudo se tornou a estrela que é hoje em dia. Quando eu disse que não havia visto personagens tão fortes quando Ripley, eu minto. Sete anos após o grande sucesso do primeiro filme, conhecemos uma Ripley mais traumatizada, porém mais forte. Sim, a personagem que para mim marcou mais a história do cinema do que Ripley, só pode ser ela mesma, no segundo filme. Ainda mantendo muito da moça boba que fora deixada sozinha em uma nave tendo que enfrentar uma criatura mortal. Mesmo com todas as características do primeiro filme, ela agora já conhece seu inimigo, não é nenhuma expert nele não, mas sabe que é mortal. Ripley não se julga indestrutível, continua com medo. E agora ainda conseguem adicionar o elemento "mãe" a personagem. A sutileza da personagem no segundo filme, ainda consegue bater a do primeiro. A história criada por James Cameron faz sentido até no primeiro filme. Ripley tinha uma filha, Amanda. Talvez por isso, fora tão forte para se manter viva. Por ela. Já no segundo filme, Sigourney Weaver, já era famosa. Havia ganhado as telas, mas ainda assim ao pedir 1 milhão para realizar o filme (sim, ela não recebeu nenhum salário bilionário como muitos no filme devem ter recebido!), mas ainda assim a FOX mandou substituí-la por qualquer outra, como se uma Ripley interpretada por outra atriz se não Sigourney Weaver fosse fazer algum sentido. Mas James Cameron foi forte e disse que o filme só prosseguiria se fosse com ela. E assim assinaram o contrato. A impressão que dá é que até os anos 90, as atrizes eram indispensáveis. Se for pensar, a FOX não querendo pagar um cachê de 1 milhão para Sigourney Weaver (indicada pela Academia por sua performance em Alien) é revoltante! Com certeza, se fosse Gene Hackman pagariam. Se fosse Harrison Ford também pagariam. Mas era "apenas" Sigourney Weaver. O segundo filme fez mais sucesso que o primeiro e consagrou Sigourney como uma das atrizes mais famosas no cinema. Mas como podem ver a batalha foi árdua para ambas as heroínas. Descobri alguns fatos curiosos. E resolvi compartilhar com vocês, fãs ou não da personagem! Os fatos mostram como o machismo afetou o set de filmagem e como o personagem de Ripley foi moldado pelo que a Sigourney enfrentara no set!


1. Ridley Scott durante a filmagem gritou com Sigourney a ponto de fazê-la sair da sala chorando. E todos os seus colegas de trabalho estavam vendo. Ridley não consegui "brigar" com John e resolveu descontar em Sigourney, afinal ela era a novata e mulher, sendo John Hurt já conhecido do grande público e com um história de filmes de sucesso, e Ridley Scott mesmo estava dirigindo seu segundo longa-metragem.




2. Yappet Kotto chegou a xingar a atriz de "puta" durante um improviso que ele resolveu fazer para demonstrar toda sua insatisfação com a escolha dela para o papel principal ao invés dele, que era um homem. Mas Sigourney não deixou por menos e durante a mesma cena também resolveu improvisar e disse "Eu sou a capitã dessa nave!", frase que não estava originalmente no script! A briga entre os dois ajudou muito nessa cena, pois segundo Veronica Cartwright, Sigourney estava muito nervosa com o que ele estava fazendo com ela.



4. Já cansada com as frequentes críticas dos seus colegas que cochichavam entre si dizendo que ela não era boa atriz e que iria arruinar o sucesso do filme, durante uma cena em que ela leva um tapa da atriz Veronica Cartwright, Sigourney abaixou e se defendeu não se deixando levar o tapa, quase num sinal de protesto. Então nervosa, a atriz Veronica explicou para o diretor que não conseguia acertá-la, afinal Sigourney era bem mais alta que ela, então ele a instruiu a acertá-la de verdade e Sigourney tomou um tapão que não foi editado e colocado na versão do filme. No mesmo instante ela começou a chorar, mas disse que não iria chorar, porque Ripley não choraria. Essa cena pode ser vista no filme, onde ela realmente leva o tapa e podemos observar que ela passa a mão no rosto, e que está realmente chorando.

Para vocês verem que até as heroínas choram! Even Heroes Cry!


Comentários

  1. Não gosto nem um pouco de Sigourney Weaver e nem da personagem Ripley da Série Alien. Prefiro heroínas da ação mais femininas, famosas e populares como a Mulher Maravilha Lynda Carter e a eterna pantera Jill Munroe vivida pela saudosa e belíssima Farrah Fawcett além das super-heroínas da Marvel Comics de um modo geral. Sem conter que Sigourney Weaver perde muito em beleza, feminilidade e carisma para a Lambert de Alien Veronica Cartwright que era belíssima e excelente atriz quando era jovem.

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